A primeira semana de maio foi positiva para os ativos de risco. Aqui no Brasil, o Ibovespa acumulou alta de 2,6% na semana, subindo aos 122 mil pontos pela primeira vez em quase quatro meses.

No mercado cambial, o dólar chegou a encostar em R$ 5,20, com queda semanal de 3,8%. Na sexta-feira, a moeda americana terminou cotada abaixo de R$ 5,23.

Lá fora, o S&P 500 renovou as máximas e acumulou ganho semanal de 1,2%. No mesmo período, o Dow Jones, concentrado em blue chips, subiu 2,7% e o índice de tecnologia Nasdaq perdeu 1,5%.

Na Europa, o Stoxx 600 subiu 0,9% na semana, também em nível recorde, conduzido pelas ações negociadas em Londres.

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Vale destacar que os ativos reagiram fortemente aos últimos dados do mercado de trabalho americano. Em abril, a taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu para 6,1% e foram abertos apenas 266 mil postos.

Os números ficaram longe do otimismo projetado pelos economistas, mas a leitura do mercado na sexta-feira foi que o resultado mais fraco reduz as chances de alta de juros antes do previsto no país.

Veja abaixo outros destaques dos últimos dias.

Ciclo de alta de juros

Como era amplamente esperado, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a Selic de 2,75% para 3,5% ao ano. O comunicado do comitê observou que, além da alta nas cotações das commodities, os níveis mais elevados da bandeira tarifária de energia devem manter a inflação pressionada no curto prazo.

A autoridade monetária ainda indicou que o aumento a ser efetuado na próxima reunião será de 0,75 ponto. Desse modo, o Safra fez um leve ajuste na projeção para os juros e agora acredita que a Selic terminará o ano a 5,25%.

Saldo comercial recorde

Também acompanhamos o resultado da balança comercial brasileira em abril. Segundo o Ministério da Economia, o país registrou um superávit recorde de US$ 10,3 bilhões. Trata-se de um aumento de 68% em relação ao mesmo mês do ano passado, um desempenho que foi impulsionado pela alta no preço das commodities.

Monitoramos ainda o resultado da indústria em março. Segundo o IBGE, a produção no setor recuou 2,4% na comparação com fevereiro, perto do esperado.

Já no varejo, as vendas voltaram a cair. O recuo de 0,6% ante fevereiro foi menor do que o Safra esperava, de modo que o comércio ficou apenas levemente abaixo do patamar pré-pandemia. O principal impacto negativo veio do setor de móveis e eletrodomésticos no mês.

Recomendações para maio

O Safra Report traz mensalmente sugestões de alocação entre diferentes classes de ativos e para diferentes perfis. Para este mês de maio, trazemos leves ajustes dentro das parcelas de renda fixa e de ações, buscando capturar alguns ganhos recentes e nos posicionar ainda melhor para o cenário que projetamos. Você pode acessar este link para conferir a nossa visão completa para os investimentos neste mês.

Além disso, o Safra atualizou algumas de suas recomendações de renda variável. Na carteira Top 10 Ações, promovemos a troca de Itaú Unibanco pelo BTG Pactual, que acreditamos estar melhor posicionado para se beneficiar do crescimento do mercado de capitais brasileiro. Além disso, retiramos os papéis do grupo Fleury para incluir Lojas Renner no portfólio.

Já na carteira Top 10 BDR, reduzimos a exposição ao índice S&P 500 para poder incrementar a presença de nomes como Comcast e JP Morgan. As carteiras ESG e de Dividendos, por sua vez, não sofreram alterações em relação a abril.

Maio também marcou a estreia da Carteira Global do Safra, voltada para quem busca oportunidades de investimento tanto em ativos nacionais, quanto internacionais negociados na B3.